quarta-feira, 25 de maio de 2011

Quando tentar deixa de ser uma opção

Poucas vezes eu soube que estava a com a razão. Sempre abri espaço para mais de uma opinião e assim fazer o balanço geral.

Eu tenho um amigo. Belo amigo este.
Acontece que por caminhos doidos que seguimos acabamos nos separando. Por longo tempo nos mantivemos distante, sempre pensando o quão maravilhoso seria se estivéssemos novamente juntos. E uma hora isso aconteceu. Uma hora nós nos reencontramos e o vácuo nos calou. O tempo e espaço estavam presentes como nunca antes havíamos sentido. Como a cola que desgruda.
Não deixamos de gostar um do outro, isto estava estampado em nossas caras.
Mas nos desacostumamos, nos perdemos.
Qualquer outro estranho nos seria mais familiar do que um ao outro. E eu sabia.

Eu sabia desde o inicio que aquilo aconteceria. Eu sabia que deixaríamos de ser grandes amigos para nos tornamos velhos amigos. O que pode parecer, para alguns, a mesma coisa. Mas só quem sente sabe qual é a dor da diferença.

Entre as palavras nada mais se encaixava, entre os momentos o tempo passava e quando víamos que o encontro estava encerrando, o desespero nos dominava e pronto, acabávamos brigando.
No fim, cada um ia para o seu canto com a incrível dúvida sobre o que foi que mudou: Seria apenas euforia de ter um novo grande amigo na época ou eu era muito inocente e inseguro para me contentar com isso?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Cada mulher sabe no fundinho da alma, o quão doloroso é escutar aquela cantadinha nojenta daquele velho igualmente nojento que te acha a maior gostosinha e imagina miil loucura enquanto fala que você é uma delícia.

Só de ter que pensar para poder escrever isso, já sinto ânsia de vômito. 
Imagine só ter que trabalhar com isso? Imagine só depender de imundices dessas para ganhar um trocadinho na vida? E isso nos acompanha durante TODA a vida. 
Sei não, acho que estou ficando um tanto romântica demais para o esse mundo. 

Esse papinho de não ligar é pura balela, eu também pensava isso até essa ser a minha realidade.. sei não.. mas quando eu acho que posso dar um cessada nas questões dramáticas da vida, as situações me bombardeiam com questionamentos do tipo: o que é viver, liberdade, a importância do trabalho, conhecimento e dinheiro, sendo que a maioria das pessoas já estariam satisfeitas com uma boa dose diária de sexo.

Definitivamente não gosto disso.. não gosto de homens, também não gosto de trabalhar e não faço questão nenhuma de ter dinheiro. 
Mas enquanto o conceito de viver estiver intrinsecamente ligado a esse dois fatores, eu só posso escolher largar tudo e todos, e levar minhas loucuras para longe daqui ou apenas continuar e continuar.. até que me venha em uma loucura o suicídio ou a solução.

É talvez eu, além de sonhadora, estou me tornando uma pessoa insatisfeita demais.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Sobre o Ponto Final

É que às vezes ele se faz necessário.
E grita, e esperneia, e bate, e prende, e machuca até ser atendido.
Sempre é uma incógnita quanto ao seu uso.
Quando uma história merece um Ponto Final?

Fato é que passou da hora.
Tem coisa sobrando, então é a hora da revisão.
É difícil por um Ponto em determinadas coisas da vida.
Mas como se começará uma nova história se não terminar a atual?

O mundo está aí para ser explorado.
Talvez seja uma perda de tempo manter sempre os mesmos pensamentos... e pessoas.

terça-feira, 15 de março de 2011

Orgulhar-se

Em determinado momento da minha previsível  infância eu quis ser exatamente o que sou hoje.

 Por algum tempo, quando eu era criança,  eu dei pra planejar.. planejava tudo: a roupa, a comida, os namoros, os amigos, os amantes, as saídas,as brigas, os presentes, os objetivos, o presente e o futuro.
 A maioria das coisas se concretizaram naquele mesmo período, mas as relacionadas ao futuro ainda ficaram por fazer...
 Depois de um tempo parei com essa tolice e resolvi crescer. Estudei, conheci muita gente nova, passei por alguns apuros, e mesmo que um tiquinho de nada, eu amadureci.
 Mas hoje, agora, me peguei com um comportamento em que outra época senti meus olhinhos brilharem só de imaginar que eu poderia me tornar isso. Caí no dilema: será que essa é a Mari ou ainda estou brincando de seguir o meu arcaico manual?